INCENSO
Desde os tempos mais remotos, o acto de incensar já era um costume entre os povos, na realização dos seus rituais religiosos.
Para realizar um ritual mágico, seja ele qual for, é muito importante preparar o ambiente.
Os incensos e seus ingredientes especificos, limpam, harmonizam,preparam e ajudam nos rituais mágicos, elevando as nossas preces ou pedidos ao plano superior.
Todo o incenso deve ser usado com cautela, nunca em demasia como fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa.Não deve ser utilizado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve ter sempre um dono que o receba e que tenha o seu nome pronunciado no momento do pedido.
Assim como todas as ofertas, o incenso é uma expressão de gratidão - não uma regra.Eles simbolizam as três formas em que o karma é criado - pensamentos, palavras e acções.
Ao acender o incenso, mentalize uma oração ( a que mais lhe agradar).
Os incensos têm como objetivo, energizar e transmutar as energias dos ambientes e das pessoas. São, por excelência, purificadores e condutores de vibrações, atuando nos locais e nos indivíduos onde são usados.
Perfumam os ambientes e renovam a carga energética estagnada e/ou negativa, não havendo qualquer contra-indicação, excepto para os alérgicos aos aromas, é claro.
Seu campo de actuação não se restringe apenas aos inanimados, activando também a nossa sensibilidade.
Os incensos são encontrados em diversas formas: em pastilhas, palitos, pó,cones.
Breve histórico do Incenso
Egípcios - são, talvez, os mais antigos na arte da manufactura e do uso de incensos. O mais famoso incenso egípcio é o Kyphi (ou Khyphi), que era produzido dentro de um templo e sob ritual altamente secreto. Era um composto de efeito muito benéfico, e Plutarco o definia como: "O incenso tem dezesseis (16) ingredientes, número que constitui o quadrado de um quadrado e tais ingredientes são coisas que, à noite, deliciam. Tem o poder de adormecer as pessoas, iluminar os sonhos e relaxar as tensões diárias, trazendo a calma e quietude àqueles que o respiram."
Um dos seus ingredientes é o popular olíbano, árvore considerada sagrada, e durante a poda ou a coleta da resina, os homens deviam se abster de contato sexual ou com a morte.
Plutarco forneceu a lista dos 16 ingredientes usados na preparação desse incenso: mel, vinho, passas, junco doce, resina, mirra, olíbano, séseli, cálamo, betume, labaça, thryon, as duas espécies de arcouthelds, caramum e raiz de Íris.
Hindus - sempre foram apaixonados por aromas agradáveis e, a Índia (nos tempos antigos) sempre foi celébre por seus perfumes. A importação de incenso da Arábia foi uma das primeiras, mas outros materiais aromáticos também eram usados, como: benjoim, resinas, cânfora, sementes, raízes, flores secas e madeiras aromáticas. O sândalo era um dos itens mais populares da época. Esses materiais eram queimados em rituais públicos ou em casa.
Judaico- no Velho testamento encontram-se várias referências ao seu uso entre os judeus. Geralmente os pesquisadores concordam que a queima do incenso só foi introduzida no ritual judaico em torno do século VII a.C. o primeiro incenso era composto de poucos ingredientes: estoraque, onicha, gálbano e olíbano puro; e sua preparação era semelhante aos dos sacerdotes egípcios.
Grego - começou a ser difundido no século VIII a.C., vindo da Fenícia.
Budismo - começou a ser difundido por volta do século VII a.C.; e junto com os perfumes, constituía uma das sete oferendas sensoriais, que formam um dos sete estágios de adoração.
Romano - muito utilizado na Festa do Pastor, junto com ramos de oliveira, louros e ervas, assim com da mirra e açafrão.
Cristianismo - foram os que mais demoraram a adoptar o incenso em seus rituais. Só após o século V, o seu uso foi aumentando lentamente. Por volta do século XIV, tornou-se parte da Missa Solene e outros serviços.
Islamismo - não há referencia ao seu uso no sentido religioso, mas a tradição nos mostra que o seu perfume, pode ser usado como uma referência aos mortos.
Outros cultos - é um acessório comum às cerimonias mágicas, para neutralizar as energias negativas, por exemplo, ou usado nos métodos de encantamentos. As letras do nome da pessoa para qual é feito o encantamento indicam qual o perfume necessário. Os materiais mais usados são: olíbano, benjoim, estoraque, sementes de coentro, aloés (babosa), entre outros.