Inomináveis Saudações a todos.
A mais famosa das filhas de Drakulon, a sedutora, imponente e maravilhosíssima filha de Lilith, Vampirella, musa de muitos devido às suas imortais curvas, invejada por muitas mulheres da vida real por causa dessas memas curvas, ícone da Cultura Vampírica nos extremismos altos da sensualidade que exala de modo naturalíssimo. Talvez, ao criar a personagem em 1969, Forrest J. Ackerman não tivesse a mínima idéia do alcance que a mesma teria no mundo dos quadrinhos, se tornando a maior das Vampiras deste, insuperável até hoje por causa de seu carisma, afeto e uma identificação com os seus leitores. Sou suspeito, aqui, para dela falar, pois meu fanatismo por ela exalta toda e qualquer possibilidade de exercer um julgamento imparcial. Ultimamente, ela não tem recebido a devida e merecida atenção de roteiristas, ficando relegada a um segundo plano, protagonizando histórias nas quais, simplesmente, não passa de uma mera coadjuvante. Mas, nos anos 70, no auge de sua existência, a personagem recebeu a atenção de talentosos roteiristas e desenhistas; estes, excetuando apenas alguns, continuam a se destacar na concepção anatômica da personagem, que povoa o imaginário masculino com aquele minúsculo apetrecho rubro que ela traja.
Mas, muito mais do que mera personagem sensual, Vampirella, para mim, é uma das mais clássicas personagens do gênero Terror nos quadrinhos, tendo suplantado até o eterno Conde Drácula, o qual é seu inimigo inveterado. Ela consegue transmitir uma certa ingenuidade, uma certa inocência, uma certa pureza, características bem heterogêneas às dadas por outros roteiristas do gênero tanto para Vampiras como para Vampiros. Inspirada na Barbarella, Vampirella a esta superou em todos os quesitos; em uma convenção de quadrinhos, de veteranos do gênero Terror, qual personagem é a mais falada, qual atrai mais as atenções em diálogos, qual é a mais lembrada, primeiramente? Sem nenhuma dúvida, é a Vampirella, que a partir dos anos 90 foi sendo redescoberta, mas, na minha opinião, não com o mesmo impacto de suas histórias clássicas nos anos 70.
O que falta hoje à personagem? Além de um roteirista fixo mais talentoso do que os que atualmente trabalham com ela, um verdadeiro trabalho de retorno às origens da personagem. Particularmente, referindo-me agora ao desenho que caracteriza a personagem, eu prefiro a Vampirella desenhada nos anos 70 por gênios e mestres como José “Pepe” Gonzalez, Frank Frazetta, Enrique Torres; atualmente, há a concepção anatômica da personagem à moda das popozudas e siliconadas, retirando-lhe todo o charme que lhe é característico desde os primórdios de sua história. Adam Hughes é um dos que exageram nesse quesito, assim como uma parte dos que desenham-na; não estou sendo retrógrado ou saudosista, mas a Vampirella desenhada nos anos 70, para mim, soa como a que melhor traduz a essência da personagem em si mesma.
Ela chama a atenção e muitos diriam, até, que ela é exibicionista, sempre trajando aquele minúsculo biquíni. Vejo este, no entanto, como parte fundamental, inseparável, da personagem, que não poderia ser separado de sua existencialidade. Os quadrinhos clássicos de Vampirella tocam na sensualidade de um modo sem frescuras, são fortemente carregados de sexualidade, chocando, claro, os que pararam no tempo e não aceitaram as mudanças tanto do mundo quanto de seus objetos. Ela é parte da cultura sexy, mas sem ser tão vulgar quanto certos desenhistas posicionam-lhe atualmente. Aqui não vai uma questão, novamente, de sensação retrógrada, mas a atenção para um fato que ocorre nos dias atuais. Prefiro a personagem nos moldes clássicos, tanto nas histórias quanto nos desenhos; histórias e desenhos carregados de uma forte sexualidade, incessante, pulsante, presente como que delineando estruturas que não poderiam estar ausentes das mesmas. Vulgaridade passa longe dos quadrinhos clássicos dela.
Vampirella foi se tornando, pouco a pouco, uma das minhas personagens preferidas dos quadrinhos, ao lado da Tempestade dos X-Men. Acabou, confesso, se tornando A Personagem Preferida minha, de maneira natural, sem que eu quisesse, quase como que em um ato hipnótico. Procuro me informar sobre ela e estudar-lhe a trajetória e este tópico tocará nas duas vertentes pelas quais desenvolvo meu trabalho com ela. Caso queiram dados biográficos sobre ela, acessem:
Vampirella - Adorável Noite
Por enquanto, fiquem, então, com a Vampirella Definitiva, de Jose “Pepe” Gonzalez.
Saudações Inomináveis a todos.