KATATONIA
Katatonia é uma banda sueca de Doom Metal formada em 1991 em Estocolmo pelos amigos de longa data Jonas Renkse (que usava o nome artístico Lord Seth) e Anders Nyström (de nome artístico Blackheim). A banda é conhecida por suas canções depressivas e melancólicas.
A alusão à palavra catatonia (do Grego katá, redução + tónos, tensão; perturbação psicomotora frequentemente associada à esquizofrenia), define bem o tipo de emoção que a banda passa em suas músicas.
A banda tem uma página importante na história do Doom Metal, tendo o seu trabalho como referência do estilo.
Após vários anos de composições, ensaios e gravações caseiras, a banda começava a colher os primeiros frutos do seu trabalho, com o lançamento da demo-tape intitulada “Jhva Elohim Meth” (1992) gravada no estúdio sueco Gorysound Studios, esta produzida pelo multi-instrumentista Dan Swanö.
A demonstração esgotou imediatamente, e os Katatonia atrairam a atenção da alemã Vic Records. Esta lançou o Ep“Jhva Elohim Meth - the Revival”. Com o lançamento deste disco, o trabalho é rapidamente reconhecido. A dupla agora precisava de novos músicos para agregar à banda, para expandí-la. Assim, o baixista Guillaume Le Huche (nome artístico de Israphel Wing) foi recrutado para iniciar os primeiros testes ao vivo.
No final de 1992 a banda assina com a editora Unisound (antes Gorysound), e em 1993 começam as gravações do primeiro disco de estúdio “Dance of December Souls”, produzido pela própria banda e por Dan Swanö. Parecia que o álbum nunca veria a luz do dia, mas assim que foi lançado em Dezembro de 1993, o álbum caiu nas graças da crítica e do cenário heavy-metal da Europa, tornando-se um clássico do Doom Metal.
Em 1994 a italiana Avantgarde Music assediou a banda para que compusessem algumas músicas que seriam lançadas em uma compilação. Mas as canções acabaram sendo lançadas num Ep intitulado “For Funerals to Come” (1995). Canções como “Funeral Wedding e Shades Of Emerald Fields” mostram o mesmo som lapidado em “Dance of The December Souls”, mas muito mais maduro, com uma leve sutileza: a experiência acumulada pelos shows ao vivo.
Este ano foi realmente conturbado para a banda. Anders Nyström e Jonas Renkse encontravam problemas em encontrar uma formação definitiva e estável para os Katatonia, o que fez dedicarem muito mais tempo a outros projetos. Jonas Renkse esteva altamente envolvido no seu outro projeto, o October Tide, enquanto Anders Nyström dividia sua criatividade entre as bandas Diabolical Masquerade e Bewitched.
Frustrados com o abandono do futuro inexplorado dos Katatonia e um pouco incomodados a tristeza que o assunto trazia, os amigos decidiram voltar atrás, agora tentando uma nova abordagem para a banda no início 1996. Agora com um novo membro definitivo, o guitarrista do October Tide Fred Norrman, bateram na porta sempre aberta da Unisound. Banda e editora entram em uma intrincada teia de idéias e visões complexas, mas até então nenhuma canção tinha sido escrita e arranjada.
Após duas semanas de gravações, testes de arranjos, melodias e conceitos, os Katatonia emergem novamente com o disco de estúdio “Brave Murder Day”. Mikael Åkerfeldt, da também banda sueca Opeth, foi convidado a gravar o canto, principalmente nas partes mais guturais, pois Jonas Renkse havia declarado que a sua voz já não tinha o mesmo timbre devido ás lesões que sofreu na gravação do album dos October Tide. Agora,a banda reinventara o seu timbre, sua música, e este álbum prova ser uma influência em que muitas bandas se inspirariam posteriormente.
Após terem viajado com sucesso pela Europa pela primeira vez em outono de 1996, a banda já estava ansiosa para entrar novamente em estúdio para gravar o novo material.
Diante do fato de que a gravadora Unisound havia fechado as portas, a única escolha era o Sunlight Studios, situado em Estocolmo. Com plena liberdade para mostrar a sua originalidade e experimentação, a banda sentiu-se a vontade para compor e o resultado seria o mini-álbum “Sounds of Decay”, ainda pela Avantgarde Music. Produzido pela banda e mixado por Tomas Skogsberg, este disco tem algumas reminiscências sonoras de “Brave Murder Day”, em parte por ainda trazer Mikael Åkerfeldt em dueto com Jonas Renske.
No auge da criatividade, Anders Nyström, Jonas Renkse e Norrman começavam a definir a banda. O novo membro seria o baixista Mikael Oretoft, retornando à todo vapor em 1997 para lançar o seu terceiro álbum de estúdio, “Discouraged Ones”, e agora com um reavivamento da fase antiga da banda com Jonas Renkse outra vez no papel de baterista e vocalista.
Åkerfeldt moveu-se da posição de ‘vocalista de gritos primais’ para a de produtor e backing vocal. Neste disco nós começamos a sentir o real valor da nova voz de Jonas Renkse, em um estilo vocal mais limpo e distinto. Mover em 180 graus a sua musicalidade soava arriscada para a banda, mas a qualidade da música neste álbum superou as expectativas. As tendências Doom Metal (estilo de vida) que floresciam na sua música dão lugar a melodias contemporâneas, com letras tratando de sentimentos da perda e de desolação, de desespero e de esperança. Neste álbum a banda emerge definitivamente no estilo Doom Metal.
A editora britânica Peaceville tinha fama de trazer à tona várias bandas novas, mas “Discouraged Ones” fez com que a companhia se apaixonasse pelo música dinâmica fora de rótulo do Katatonia, propondo um negócio a longo prazo: a gravação de cinco álbuns. E a banda que tinha muitas de suas bandas preferidas sob a asa da Peaceville, aceitou a empreitada e voltou a actuar como trio, começando a trabalhar no seu quarto álbum de estúdio: “Tonight's Decision” de 1999.
Neste álbum, a banda volta ao Sunlight, ainda com Åkerfeldt, co-produzindo e nos backing-vocals e com a ajuda do experiente Skogsberg na mixagem. O velho amigo e antigo produtor Dan Swanö trouxe um convidado para as baquetas – permitindo que Jonas Renkse se concentrasse mais nas partes melódicas de sua voz, mais incríveis a cada dia. Com a forte distribuição internacional e suporte que tinha na Peaceville, os Katatonia viram a sua popularidade montar dimensões inimagináveis. No fim daquele ano a banda viajou em tourné pela Escandinávia, abrindo os shows de Paradise Lost, contando com os novos integrantes: o irmão de Fredrik, Mattias Norman no baixo e Daniel Liljekvist na bateria.
Ocupados por todo o ano 2000 nas gravações do quinto disco e visitando a Polónia e os E.U.A, abriram os concertos dos amigos Opeth em diversos festivais, os Katatonia lançam o álbum “Last Fair Deal Gone Down” no início do verão de 2001. Precedido por um CD de três canções: a canção título do single chama-se “Teargas”, música do álbum “Last Fair Deal Gone” e outras duas compostas especialmente para o single: “Sulfur e March 4”.
Jonas Renske firmava-se a cada dia como um dos vocalistas mais honestos e mais distintos da cenário musical da Suécia. Havia vulnerabilidade na sua performance vocal que incitava-nos crer em cada palavra, numa época da música onde segundo os fãs e artistas mais esclarecidos, eram tempos de "falsificação musical". Guiados pelo excelente trabalho de guitarra do gênio Anders Nyström, os Katatonia levavam a música dark e gótica aos limites mal iluminados da modernidade, com uma abordagem contemporânea, angariando seguidores por onde se apresentavam.
Após o sucesso do festival Peacefest em março 2000, os Katatonia voltaram ao Reino Unido em Maio e embarcaram numa mini-tourne como banda principal. Empolgados com a reação das multidões, voltaram rapidamente para abrir novamente os concertos dos Opeth na Europa e no Reino Unido, e ao mesmo tempo lançam um segundo Ep em 2001, chamado Tonight’s Music, faixa também retirada do álbum “Last Fair Deal Gone Down”. O EP ainda inclui duas canções exclusivas: “Help Me Disappear, e How I Enjoy the Light”.
O ano de 2002 foi tranquilo, e a banda concentra-se bastante no processo de composição, arranjo e mixagem do próximo álbum. Finalmente em 2003 seria lançado o novo álbum, para consolar os corações vazios e melancólicos dos fãs: “Viva Emptiness”, gravado no sombrio inverno sueco no 301 studios em Estocolmo e no Fascination Street em Örebro, produzido por Anders Nyström e Jonas Renkse e mixado por Jens Bogren. Novamente a banda mostrava que não havia estagnado, mostrando ainda mais evolução, muito mais próxima do rock alternativo,, mas com ainda mais peso e densidade nas composições. Logo após o lançamento foi iniciada uma excursão pela Europa com o mesmo título durante os meses de Abril e Maio de 2003.
Em 2004, o Katatonia viaja à Escandinávia duas vezes, faz uma excursão européia e participa de festivais ao redor do mundo. Terminadas as tournês, a banda começa a trabalhar na próxima obra de arte.
No ano de 2005 foram lançados dois álbuns de compilações da banda. O primeiro a ser lançado foi pela Avantgarde Music, intitulado “Brave Yester Days”, que trazia um panorama musical da banda entre os anos 1992 à 1997, íncluindo mais dois registros, antes lançados em EP , demos, e outras raridades. O segundo, lançado pela editora Peaceville, intitulado “The Black Sessions”, compilação que continha dois discos gravações clássicas, registradas no período de 1998 à 2004, mais um concerto ao vivo em DVD da tourne de 2003 do álbum “Viva Emptiness”, gravado na Polônia. Nesta colecção também foram incluídos vários lados B, que continham as melhores músicas dos álbuns “Discoraged Ones e Viva Empitiness” (com a adição de Wait Outside, faixa não aproveitada no álbum Viva Emptiness).
De novo na estrada em Março, a banda faz um tourne na Europa. Jonas Renkse e Anders Nyström voltam para casa para completar o processo de mixagem e gravação do próximo álbum. No fim do ano a banda toca na Rússia pela primeira vez na sua carreira, em duas grandes cidades para uma multidão que havia esperado mais de uma década para assistí-los. Sucesso e concertos lotados foi o que a banda trouxe de lembrança da ex-república soviética.
No início do ano de 2006, os Katatonia escolhem “My Twin” como canção de trabalho nas rádios e na media, lançando um videoclipe para a mesma dirigido por Charlie Granberg. A canção foi retirada do sétimo álbum da banda intitulado “The Great Cold Distance” registrado no verão de 2005 nos estúdios Fascination Street em Örebro, na Suécia.
Produzido por Anders Nyström e Jonas Renkse e co-produzido e mixado por Jens Bogren e David Castillo, “The Great Cold Distance” é o trabalho mais dinâmico da história da banda, segundo a media. Jonas Renkse explica: "The Great Cold Distance” fala da distância que é necessária para viajar pelos corredores da desilusão e da vergonha que o ser humano provoca à si mesmo. Este álbum, só ajudará apenas a aumentar a frieza entre nós. Mostra-nos uma vida maldita e desesperançosa. É o que encontrarão em cada acorde deste álbum".
MEMBROS:
Jonas Renkse - Vocal (desde 1988)
Anders Nyström - Guitarra (desde 1991)
Fred Norrman - Guitarra (desde 1994)
Mattias Norrman - Baixo (desde 1999)
Daniel Liljekvist - Bateria (desde 1999)
EX-MEMBROS/CONVIDADOS
Guillaume Le Huche - ("Israphel Wing") - Guitarra baixo (1992-1994)
Mikael Oretoft - Guitarra baixo (1996-1997)
Mikael Åkerfeldt - Vozes (1996-1997)
Dan Swanö ("Day Disyraah") - teclas, vozes e bateria (convidado)
Kenneth Eklund - Bateria (ao vivo)
DISCOGRAFIA
1993- Dance of December Souls
1996- Brave Murder Day
1998- Discouraged Ones
1999- Tonight's Decision
2001- Last Fair Deal Gone Down
2003- Viva Emptiness
2006- The Great Cold Distance
2009- Night is the New Day
COMPILAÇÕES
2004 - Brave Yester Days
2005 - The Black Session
2007 - Live Consternation