Auto-Retrato - s/d
Eva, A Serpente E A Morte - 1510
Inomináveis Saudações a todos.
Eva.
A Serpente.
A Morte.
O Princípio Feminino.
O Princípio Corruptivo.
O Princípio Transformador.
Princípio Feminino, do Feminino tudo advém, desde as pequenas searas até as grandiosas searas.
Princípio Corruptivo, A Concupiscência tendo como símbolo a forma serpentina.
Princípio Transformador, A Morte tornando todas as coisas idênticas, mutáveis, em seu ir e vir.
Feminino: Vida Fecunda.
Serpente: Vida Concupiscente.
Morte: Vida Que Virá A Ser Vida.
Os três Princípios no quadro acima.
Os três Princípios gerando outros painéis.
Painéis de outros caminhos geradores existenciais.
Painéis de outros caminhos concupiscentes existenciais.
Painéis de outros caminhos transformantes existenciais.
E um painel apenas, a relacionar A Mulher, A Serpente, A Morte.
Oferecido ao Princípio Da Vida um Caminho que decidiu, então, da Queda Do Homem.
A proximidade entre os três Princípios, o relacionamento promiscuo dos três Princípios, entre si, resultou na Queda Do Homem.
A tendência quedante ainda submete O Homem aos três Princípios em seu Ser.
O Homem multiplica-se à força do Feminino.
O Homem se corrompe à força da Serpente.
O Homem se transforma à força da Morte.
E o caminhar de toda a sorte se funde no Feminino, na Serpente, na Morte.
Caminhar Procriador.
Caminhar Concupiscente.
Caminhar Transformante.
As relações entre os três são muito próximas.
No quadro acima, unidos estão.
É a união que define a Caminhada Humana.
A união total do Homem com a sua Queda.
A união total de tudo na Queda.
Hans Baldung Grien (1484-1545), pintor alemão renascentista, foi discípulo de Albrecht Dürer (1471-1528), com o qual trabalhou em Nuremberg de 1502 a 1507, tendo, por isso, sendo muito influenciado por este. Foi influenciado pela religiosidade, bem poderosa, da época, mas os seus quadros mais impressionantes são os de temática macabra. Traduzindo a partir desta um mundo onde o erotismo e a morte sempre caminham juntos, aliados a simbolismos e alegorias de profundidades a tocarem em verdades presentes na superfície e no mais interiorizado de todas as coisas, Grien foi produtor de uma obra clássica que não deve ser esquecida entre os apreciadores do Sombrio na Arte. Uma produção que aqui será estudada e contemplada.