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    Comportamentos macábros do ser humano ao longo da História

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    Comportamentos macábros do ser humano ao longo da História Empty Comportamentos macábros do ser humano ao longo da História

    Mensagem  AngelSpectrum Sex Out 29, 2010 2:41 pm

    Até onde pode ir a maldade do Homem?

    Comecemos há muitos e muitos anos atrás...

    Comportamentos macábros do ser humano ao longo da História Vlad%2520tepes

    Vlad Tepes


    Se livros bons como o Drácula existem, agradeçam a dois senhores: Bram Stoker e Vlad tepes porque foi ele que deu o nome ao vampiro mais conhecido do Mundo.

    Vlad III, Príncipe da Valáquia (Sighişoara, c. 1431 – Bucareste, dezembro de 1476), comumente conhecido como Vlad, o Empalador ou Drácula, foi príncipe da Valáquia por três vezes, governando a região em 1448, de 1456 a 1462 e em 1476.

    Historicamente Vlad é mais conhecido por sua política de independência em relação ao Império Otomano, cujo expansionismo sofreu sua resistência, e pelas punições excessivamente cruéis que impunha a seus prisioneiros. É lembrado por toda a região como um cavaleiro cristão que lutou contra o expansionismo islâmico na Europa, e é um herói popular na Roménia e na República da Moldávia ainda hoje.

    Ao mesmo tempo em que Vlad III se tornou famoso por seu sadismo, era respeitado pelos seus cidadãos como guerreiro, por sua ferocidade contra os turcos, e como governante que não tolerava o crime entre sua gente. Durante seu reinado, ergueu grandes mosteiros.

    Fora da Roménia, o princepe é célebre pelas atrocidades contra os seus inimigos, que teriam sido a inspiração para o conde Drácula, vampiro de Drácula, romance de 1897 do escritor irlandês Bram Stoker.

    Após a invasão de Valáquia pela Hungria, em 1447 Vlad II e seu filho mais velho, Mircea, foram assassinados. Em 1456, Vlad Tepes retornou à região e retomou controle das terras, assumindo novamente o trono de Valáquia. Esse retorno tardio de Vlad III teria confundido os moradores da região, que pensaram ser Vlad II retornando anos depois de sua morte. Isso teria ajudado a criar a lenda de sua imortalidade.

    Em 1462, Vlad Tepes perdeu o trono para seu irmão Radu, que havia se aliado aos turcos. Preso na Hungria até 1474, Vlad III morreu dois anos depois, ainda tentando recuperar o trono de Valáquia.

    Vlad III foi exilado de suas terras por um breve período em 1448, de 1456 a 1462 e por duas semanas no ano de sua morte (1476).

    O sadismo:

    Com treze anos, Drácula foi capturado pelos turcos, que o ensinaram a torturar e empalar pessoas. Mas foi sob o seu reinado em Valáquia, de 1456 a 1462, que teve a “chance” de usar os seus conhecimentos.

    O outro nome de Drácula, Tepes, significava o empalador. Vlad era assim chamado por causa do seu gosto pelo empalamento. Esta sua técnica foi muito usada contra os “boiardos” e também nas igrejas, católica e ortodoxa, para acabar com o poder que tinham sobre o povo.

    O empalamento era uma forma medonha de execução. Ele matava as pessoas atravessando-as com uma estaca, untada com óleo, de forma a não causar a morte imediata, provocando uma morte lenta e horrível. Estendia a vítima no chão, de braços esticados, e amarrava cada um dos membros a um cavalo. Depois, arranjava um pau suficientemente grande para aguentar o peso da vítima. Esse pau devia ser bem bicudo para ser facilmente introduzido no ânus da vítima. Ao mesmo tempo que se introduzia o pau puxava-se os cavalos para a frente. Quando estivesse bem introduzido soltava os cavalos e enterrava a estaca na terra. Depois, a vítima com o seu peso, ia-se enterrando pela estaca abaixo até que esta lhe atravessasse a boca.

    Esposas infiéis e mulheres promíscuas foram punidas por Drácula, tendo sido os seus órgãos sexuais cortados, a pele arrancada enquanto vivas e expondo-as em público, com as suas peles expostas perto dos seus corpos

    Drácula apreciava a execução em massa, onde várias vítimas eram empaladas de uma vez. Diz-se que sentia prazer ao torturar os seus inimigos e para melhor apreciar o espectáculo fazia refeições tranquilamente enquanto os seus servos esquartejavam as suas vítimas, mostrando que o espectáculo cruel e a forma de matar os inimigos não lhe roubava o apetite.

    Existe a história de emissários da corte turca que ousaram conservar os turbantes na sua presença e então o príncipe ordenou que os turbantes lhes fossem pregados aos seus crânios. Vlad também condenava pessoas do seu povo para serem castigadas. Elas podiam ser esfoladas, mutiladas, cozidas vivas ou mortas na fogueira.



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    Mensagem  AngelSpectrum Sex Out 29, 2010 2:46 pm

    Comportamentos macábros do ser humano ao longo da História Elizabethbathory1

    Elizabeth Bathory


    A Condessa Elizabeth Bathory (Erzsebet Báthory, do original), foi uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu. Os relatos sobre ela ultrapassam a fronteira da lenda e a rotulam através dos tempos como A Condessa de Sangue.

    Nascida em 1560, filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre Turquia e Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita a doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma óptima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.

    Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por acção de sua amada esposa.

    Quando adulta, Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio. Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser "vampira" por morder e dilacerar a carne de suas criadas. Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Bathory a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue na sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente.

    Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.

    Nos primeiros dez anos, Elizabeth e Ferenc não tiveram filhos pela constante ausência do Conde. Por volta de 1585, Elizabeth deu à luz uma menina que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes, deu à luz a Ursula e Katherina. Em 1598, nasceu o seu primeiro filho, Paul. A julgar pelas cartas que escreveu aos parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que não era de surpreender; visto que os nobres costumavam tratar a sua família imediata de maneira muito diferente dos criados mais baixos e classes de camponeses.

    Um dos divertimentos que Elizabeth cultivava durante a ausência do conde, era visitar a sua tia Klara Bathory. Bissexual assumida e muito rica e poderosa, Klara tinha sempre muitas raparigas disponíveis para ambas "brincarem".

    Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva. Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pêlos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.

    Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.

    As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Bathory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.

    Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a idéia de ter a "Infame Senhora" sepultada na cidade.

    http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/misterios/bathory.htm

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    Mensagem  Inominável Ser Sex Out 29, 2010 7:04 pm

    Começando com dois dos maiores monstros da Humanidade, seres que realmente merecem ser chamados como tais. Dois Vampiros Reais que optaram em abraçar A Besta e que, consequentemente, descontroladamente entraram para a História como dois notáveis carniceiros.
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    Mensagem  Laracna Seg Nov 08, 2010 7:25 am

    Monstros notáveis que ganharam fama por sua cueldadde. A maldade e a podridão em pessoa habitavam suas almas.
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    Mensagem  Elektra Seg Nov 08, 2010 5:17 pm

    Eu li a biografia da Bathory não só fala de todos os seus desequilibrios (pelo menos aqueles que se conhecem), mas também todo o seu trajeto assim como extractos do seu julgamento.
    Ela conviveu sempre com a violência,pois o marido dela assim como parte da familia dela eram extremamente crúeis (o marido chegou a ensinar-lhe técnicas de tortura para disciplinar os empregados, o "problema dela" é que começou a assassinar pessoas da nobreza porque se ela tivesse se mantido pelas camponesas e gente do povo, provávelmente hoje seria uma ilustre desconhecida, pois a violência era algo comum,mas sem dúvida ela elevou a crueldade a um outro nível.Ela tinha prazer em ser cruel, e apurou esse prazer.





    Última edição por Elektra em Qui Nov 11, 2010 8:47 pm, editado 2 vez(es)
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    Mensagem  Laracna Ter Nov 09, 2010 7:00 am

    Deviam ser tempos difíceis. Será que era prazer que levava essas pessoas a torturarem?
    Há um filme, Condessa de Sangue. Alguém já assistiu?
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    Mensagem  Inominável Ser Qua Nov 10, 2010 6:45 pm

    Eu cheguei a ver o cartaz desse filme, mas ainda não tive a oportunidade de assisti-lo.
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    Mensagem  AngelSpectrum Qui Nov 11, 2010 2:20 pm

    Nem eu... só vi um documentário.

    Continuando...

    D. Pedro I vs D. João IV



    Em 24 de Agosto de 1339 teve lugar o casamento do príncipe D. Pedro, herdeiro do trono português, com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Peñafiel, tutor de Afonso XI de Castela, «poderoso e esforçado magnate de Castela», e neto do rei Fernando III de Castela. Mas seria uma das aias de Constança, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e mal aceite na corte e pelo próprio povo.

    Sob o pretexto da moralidade, D. Afonso IV não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à amizade íntima de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - D. Fernando de Castro e D. Álvaro Pirez de Castro. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. Assim, em 1344 o rei mandou exilar D. Inês no castelo de Alburquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre D. Pedro e D. Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência.

    Em Outubro do ano seguinte D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro mandou D, Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante.

    D. Afonso IV tentou remediar a situação casando novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projecto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher D. Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio agudizar a situação: durante o reinado de D. Dinis, D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para os filhos de D. Inês de Castro.

    Depois de alguns anos no Norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel, foi neste Paço que esta Rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de Reis e Príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.

    Havia boatos de que o Príncipe tinha se casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade o Rei ordenou dois conselheiros seus dizerem a D. Pedro que ele podia se casar livremente com D. Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se com D. Inês.

    A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem D. Inês de Castro em Santa Clara e rodeada dos filhos cortaram-lhe a cabeça. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.

    A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir para selar a paz em Agosto de 1355.

    D. Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em Junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, «em dia que não se lembrava». As palavras do Rei e do seu capelão foram as únicas provas desse casamento.

    De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém (segundo a lenda o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e posteriormente seria perdoado pelo Rei no seu leito de morte.

    A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte e que tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI, depois da popularização do episódio d`Os Lusíadas. D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. Juntar-se-ia a ela em 1367 e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenda «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».


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    Mensagem  Elektra Qui Nov 11, 2010 3:23 pm

    Já visitei os dois túmulos são obras primas da escultura gótica.
    Um Rei tinha de ser absoluto nos seus gestos, de outra forma não seria temido, respeitado.
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    Mensagem  AngelSpectrum Sex Nov 12, 2010 9:41 am

    Henrique VIII


    Comportamentos macábros do ser humano ao longo da História Henriqueviii

    O badocha casadoiro e mauzão!

    Assassina metade de Inglaterra, duas esposas, e o próprio melhor amigo.

    Henrique VIII de Inglaterra (nascido: Henry Tudor; 28 de junho de 1491 — 28 de janeiro de 1547) foi rei de Inglaterra a partir de 21 de abril de 1509 (coroado a 24 de junho de 1509) até à sua morte. Foi-lhe concedido o título de rei da Irlanda pelo Parlamento Irlandês em 1541, tendo obtido anteriormente o título de Lorde da Irlanda. Foi o segundo monarca da dinastia Tudor, sucedendo a seu pai, Henrique VII, e pretendente ao trono francês.

    Nascido em Greenwich, no palácio de Placentia, Henrique VIII foi o sexto filho de Henrique VII e Isabel de Iorque. O seu pai, membro da Casa de Lancaster, adquiriu o trono por direito de conquista, já que o seu exército derrotou o último Plantageneta, o rei Ricardo III, e posteriormente completou os seus direitos casando-se com Isabel, filha do rei Eduardo IV.

    Somente três de seus seis irmãos sobreviveram à infância: Artur, Príncipe de Gales, Margarida Tudor, rainha consorte da Escócia, e Maria Tudor, rainha consorte da França. Em 1493, com dois anos, Henrique foi nomeado Condestável de Castelo de Dover e Lorde Guardião do Cinque Ports. Em 1494, ele foi criado Duque de York. Posteriormente, foi nomeado Conde Marechal de Inglaterra e Lorde Tenente da Irlanda. A Henrique foi-lhe dada uma educação de primeira classe com professores de renome, tornando-se fluente em latim, francês e espanhol. Como era de se esperar que o trono passaria para o príncipe Artur, o seu irmão mais velho, Henrique estava preparado para uma vida na Igreja.

    Em 1501 assistiu ao casamento de seu irmão mais velho, Artur, com Catarina de Aragão. O casal tinha quinze e dezasseis anos, respectivamente, na época. Os dois foram enviados por um tempo a Gales, como costumavam fazer com o herdeiro do trono e sua esposa. Em 1502, Artur, com quinze anos, faleceu com tuberculose. Em consequência disto, aos onze anos de idade, Henrique, Duque de York herdou o direito ao trono inglês, e como tal, pouco depois foi nomeado príncipe de Gales.

    Primeiro casamento

    As negociações sobre o direito de viuvez de Catarina se arrastaram por um ano. O rei não lhe cedia o direito previsto no contrato, um terço da renda de Gales, Cornualha e Chester, porque não havia recebido a segunda parte do dote de Catarina, e os pais de Catarina não a deixavam voltar para a Espanha sem o direito garantido. Desta forma, Catarina manteve-se hostilizada pela corte em um país estrangeiro, sem bens e com uma pequena remuneração. Determinada a ser rainha da Inglaterra, Catarina aceitou o pedido de casamento do rei, que acabara de ficar viúvo. Para que não houvesse dúvida quanto à legitimidade do casamento, o rei requereu uma dispensa papal, baseada na não consumação do casamento dela com seu primogénito. Ao tomar ciência que seus herdeiros não teriam preferência sobre Henrique na coroa de Inglaterra, e com o apoio de seus pais, Catarina recusou o pedido do rei, o que lhe deixou enfurecido. O embaixador espanhol comunicou ao rei que os reis espanhóis exigiam o noivado de Catarina e o príncipe de Gales. O rei cedeu, sem intenção de honrar o compromisso firmado por uma criança de doze anos.

    Para que o novo Príncipe de Gales se casasse com a viúva do seu irmão, uma dispensa papal era normalmente necessária para anular o impedimento de afinidade porque, como disse no livro de Levítico: "Se um irmão casar com a mulher do irmão, eles não terão filhos". Catarina jurou que o seu casamento com o príncipe Artur não tinha sido consumado. Ainda assim, ambas as partes inglesa e espanhola decidiram que uma dispensa papal adicional de afinidade seria prudente para eliminar qualquer dúvida sobre a legitimidade do casamento.

    A impaciência da mãe de Catarina, a rainha Isabel I de Espanha, induziu o Papa Júlio II para conceder isenções sob a forma de uma bula papal. Assim, 14 meses após a morte do seu jovem marido, Catarina viu-se noiva do seu irmão ainda mais novo, Henrique.

    Em 1505, Henrique VII perdeu seu interesse em manter a aliança com a Espanha, e o jovem príncipe de Gales foi obrigado a declarar que o compromisso havia sido arranjado sem seu consentimento. Porém, as negociações diplomáticas a respeito do casamento continuaram até a morte de Henrique VII em 1509. Em seu leito de morte, o rei disse ao seu filho que ele estava livre para se casar com quem quisesse. Encantado com Catarina desde a infância e certo que a segurança da Inglaterra dependia de um aliança tríplice entre Espanha, Inglaterra e o Imperador, no dia 11 de junho de 1509, com apenas dezassete anos, Henrique, casou-se com a viúva de seu irmão, Catarina de Aragão, com 23 anos. No dia 24 de junho do mesmo ano, ambos foram coroados respectivamente rei e rainha da Inglaterra na Abadia de Westminster. A primeira gravidez da rainha Catarina terminou em aborto em 1510. Logo deu à luz um bebê do sexo masculino, chamado Henrique, em 11 de janeiro de 1511, mas o bebé só viveu até 22 de fevereiro do mesmo ano.

    Henrique foi um homem da Renascença e a sua corte foi um centro de inovação académica e artística e excesso de glamour, consubstanciada no Campo do Pano de Ouro. Ele era músico, escritor e poeta. A sua melhor composição musical é conhecida como Pastime with Good Company ou The Kynges Ballade. Ele também foi um jogador ávido e jogador de dados, e destacou-se no desporto, principalmente na justa, na caça e no ténis real. Ele também era conhecido pela sua forte dedicação ao cristianismo.

    A rainha Catarina ficou grávida pelo menos sete vezes (a última vez em 1518), mas só uma das crianças, a princesa Maria, sobreviveu à infância. Henrique tinha ficado com várias amantes, incluindo Maria Bolena e Isabel Blount, com quem tinha tido um filho ilegítimo, Henry Fitzroy, primeiro duque de Richmond e Somerset. Em 1526, quando ficou claro que a rainha Catarina não poderia ter mais filhos, Henrique começou a perseguir a irmã de Maria Bolena, Ana Bolena.

    Ainda que não haja dúvidas de que a motivação principal de Henrique para se divorciar de Catarina fosse o seu desejo de ter um herdeiro homem, o rei ficou empolgado com Ana, apesar da sua inexperiência infantil e do seu pouco poder de atração. Ana, ao início, resistiu às suas tentativas de seduzi-la, e recusou-se a tornar-se sua amante como a sua irmã Maria. Ela disse: "Rogo a Sua Alteza mais fervorosamente a desistir, e para isso a minha resposta em boa parte. Eu preferiria perder a minha vida do que a minha honestidade". Esta recusa fez com que Henrique ainda ficasse mais atraído, e ele perseguiu-a implacavelmente. Eventualmente, Ana viu a sua oportunidade na paixão de Henrique e determinou que ela só iria render-se a ele se a reconhecesse como rainha.Logo tornou-se num desejo absorvente do Rei para anular o seu casamento com Catarina.

    Segundo casamento

    Henrique participou num encontro com o rei francês em Calais, no inverno de 1532, no qual ele contou com o apoio de Francisco I da França para o seu novo casamento.Imediatamente após retornar a Dover, na Inglaterra, Henrique e Ana fizeram um casamento em segredo.Ela logo ficou grávida e houve então um segundo casamento, que teve lugar em Londres, em 25 de janeiro de 1533. Os eventos começaram a desenrolar-se rapidamente. Em 23 de maio de 1533, Cranmer, convocou uma sessão especial da corte no Priorado de Dunstable para se pronunciar sobre a validade do casamento do rei com Catarina de Aragão, declarou o casamento de Henrique e Catarina nulo e sem efeito. Cinco dias depois, no dia 28 de maio de 1533, Cranmer declarou o casamento de Henrique e Ana como bom e válido.

    Catarina foi formalmente despojada do seu título de rainha, e Ana foi coroada consequentemente rainha consorte em 1 de junho de 1533. A Princesa Maria (futura rainha Maria I de Inglaterra) foi rebaixada a filha ilegítima, e substituída como provável herdeira pela nova filha de Ana, Isabel (a futura rainha Isabel I de Inglaterra), nascida prematuramente em 7 de setembro desse ano, recebendo esse nome em honra da mãe de Henrique. Tendo perdido o título de rainha, Catarina recebeu o título de Princesa viúva de Gales; Maria deixou de ser "Princesa de Gales", para passar a ser uma simples "Lady". Catarina de Aragão morreu de em 1536 de causas ainda não muito claras (há quem diga que ela padecia de cancro ou que foi envenenada).

    Esta atitude de afronta sem precedentes à Igreja Católica valeu-lhe a excomunhão, declarada por Clemente VII em 11 de julho de 1533. No seguimento da excomunhão, Henrique decidiu o rompimento com a Igreja Católica Romana, declarou a dissolução dos monastérios, tomando assim muitos dos haveres da Igreja, e formou a Igreja Anglicana (Church of England), da qual se declarou líder. Esta decisão tornou-se oficial com o decreto de supremacia (Act of Supremacy) de 1534. A recusa em jurar obediência a este decreto levou-o a condenar o humanista Thomas More, seu antigo Lord Chanceler, à morte.

    Em 1536, a rainha Ana Bolena começou a perder o favor de Henrique. Depois do nascimento da princesa Isabel, Ana teve duas gestações que terminaram em aborto ou morte da criança. Enquanto isso, Henrique começava a prestar atenção em outra cortesã, Joana Seymour. Talvez animado por Thomas Cromwell, Henrique fez que Ana fosse presa sob a acusação de bruxaria (para convertê-lo em seu marido), de ter relações adúlteras com cinco homens, de incesto (com seu irmão Jorge Bolena, o Visconde de Rochford), de injuriar o Rei e conspirar para assassiná-lo, com o agravante de traição. As acusações eram inteiramente fabricadas por Thomas Cromwell, secretário particular de Henrique VIII. A Corte que tratou do caso foi presidida pelo próprio tio de Ana, Thomas Howard, Duque de Norfolk. Em maio de 1536, Ana e seu irmão foram condenados à morte, entre a fogueira ou a decapitação, o rei escolheu que Ana fosse decapitada. Foi contratado um executor francês para executar a sentença, por ser conhecido por realizar o seu trabalho de forma a que a vítima não sentisse nenhuma dor.

    Um dia depois da execução de Ana em 1536, Henrique ficou noivo de Joana Seymour, uma das damas de companhia da rainha, a quem o rei tinha mostrado favor desde algum tempo. O casamento ocorreu 10 dias depois.

    Em 1536, foi aprovada a Segunda Lei de Sucessão, que declarou os filhos de Henrique com a rainha Joana seriam os próximos na linha de sucessão ao trono e declarou tanto Lady Maria e Lady Isabel como ilegítimas, excluindo-as da linha de sucessão. Ao rei foi concedido poder político para determinar a linha de sucessão à sua vontade.

    Em 1537, Joana deu à luz um filho, o Príncipe Eduardo, e futuro Eduardo VI. O parto foi difícil e a rainha morreu no Palácio de Hampton Court, em 24 de outubro de 1537, poucos dias depois de ter dado à luz, devido a uma infeção. Após a morte de Joana, a corte inteira guardou luto com Henrique por um período prolongado. Henrique considerou Joana como sendo a sua "verdadeira" esposa, por ter sido a única que lhe deu o herdeiro varão que tão desesperadamente desejava.

    Henrique desejou casar-se novamente. Thomas Cromwell, agora Conde de Essex, sugeriu o nome de Ana de Cleves, irmã do Duque de Cleves, que tinha sido um importante aliado no caso do ataque da Igreja Católica à Inglaterra. O pintor Hans Holbein foi mandado ao Ducado de Cleves para fazer um retrato de Ana para o Rei. Depois de ver o retrato de Ana e receber descrições complementares a respeito da mesma, Henrique decidiu se casar com Ana. Quando Ana chegou a Inglaterra, Henrique achou-a pouco atraente, porém se casou com ela em 6 de janeiro de 1540.

    Henrique decidiu terminar o casamento, não somente por causa de seus sentimentos mas também por considerações políticas. O Duque de Cleves tinha entrado numa disputa com o Sacro Império Romano, com o qual Henrique não queria entrar em disputa. A nova rainha, Ana, foi inteligente o bastante para não deixar Henrique pedir a anulação do casamento e alegou que o mesmo não havia sido consumado. O casamento portanto foi anulado e Ana recebeu o título de "Irmã do Rei".

    Em 28 de julho de 1540, Henrique casou-se com a jovem Catarina Howard, prima de Ana Bolena. Ele estava encantado com a nova rainha. Logo após o casamento, entretanto, Catarina teve um caso com o cortesão Thomas Culpeper. Ela também empregou como seu secretário, Francis Dereham, com quem tinha tido um caso antes de se casar com Henrique VIII. Thomas Cranmer apresentou evidências das atividades extra-conjugais da rainha, a Henrique e, embora este não tivesse acreditado, mandou Cranmer conduzir investigações que acabaram resultando na implicação de Catarina. Quando interrogada, a Rainha admitiu o caso com Dereham mas alegou que foi forçada por ele a ter esta relação extra-conjugal, porém Dereham delatou o relacionamento de Catarina com Thomas Culpeper. O casamento com Catarina foi anulado rapidamente após sua execução. Como no caso de Ana Bolena, Catarina Howard pode ter sido vítima de uma acusação falsa de adultério, porém nada conseguiu ser provado.

    Henrique casou-se com sua última mulher em 12 de julho de 1543, a rica viúva Catarina Parr. Ela e Henrique tiveram um casamento cheio de discussões sobre religião, ela era radical e Henrique conservador. Embora isso desagradasse ao Rei, ela sempre se salvou mostrando-se submissa. Ela ajudou a reconciliação de Henrique com suas duas filhas, Lady Maria e Lady Isabel. Em 1544, uma lei do Parlamento colocou-as de volta na linha de sucessão ao trono inglês após o príncipe Eduardo, embora elas continuassem ilegítimas.

    A tirania de Henrique tornou-se mais aparente com o avanço da idade e a queda de sua saúde. Uma onda de execuções políticas, que começaram com Edmund de la Pole (o Duque de Suffolk) em 1513 e terminaram com Henrique (Conde de Surrey) em janeiro de 1547.

    Nos últimos anos da sua vida, Henrique tornou-se grosseiramente obeso (com uma medida de cintura de 137 centímetros) e teve que ser transferido com a colaboração das invenções mecânicas. Ele tinha muitas dores, suportando furúnculos e possivelmente sofria de gota. A sua obesidade data de um acidente de justa em 1536 em que ele sofreu um ferimento na perna. Isso impediu-o de praticar desporto e tornou-se gradualmente ulcerada. E, sem dúvida, acelerou a sua morte, aos 55 anos de idade, ocorrida em 28 de janeiro de 1547, no Palácio de Whitehall, o que teria sido o 90.º aniversário do seu pai. Ele morreu após alegadamente proferir estas últimas palavras: "Monges! Monges! Monges!"

    A teoria de que Henrique sofreu de sífilis foi promovida, cerca de 100 anos após a sua morte, mas foi ignorada pela maioria dos historiadores sérios. A sífilis é uma doença bem conhecida no tempo de Henrique, e apesar do seu contemporâneo, Francisco I da França tê-la tido, as notas deixadas pelos médicos de Henrique não indicam que o rei tinha essa doença. Uma teoria mais recente e credível sugere que os sintomas médicos de Henrique, e os de sua irmã mais velha Margarida Tudor, também são característicos da diabetes tipo II.

    Henrique VIII foi sepultado na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, ao lado da sua terceira esposa, Joana Seymour. Mais de cem anos mais tarde, Carlos I foi sepultado no mesmo jazigo.

    Mas ele anada por aí...
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    uhhhhhhhh

    E a Ana Bolena e a Catarina Howard andam-lhe a fazer companhia.

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    Mensagem  Inominável Ser Dom Nov 14, 2010 12:02 pm

    Essa trajetória "romântica" do Henrique VIII é assombrosamente bizarra, parece uma mistura de psicopatia com um ainda mais insano desejo de satisfazer apenas uma sexualidade desenfreada e profundamente inimiga da racionalidade.

    Inês de Castro e sua lenda eu conhecia há muito tempo, há de se acreditar nela apenas pela contundência de toda a violência nela implicada, na vingança efetuada em nome dela da parte de um verdadeiro apaixonado. Um rei implacável que executou todos os seus inimigos sem nenhuma cerimônia.
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    Mensagem  Elektra Dom Nov 14, 2010 4:52 pm

    O sexo sempre foi uma forma de exibição de poder,e sempre foi uma poderosa arma.
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    Mensagem  Laracna Ter Nov 16, 2010 9:16 pm

    Acho que essa história de "sex appeal" funciona até hoje, não?
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    Mensagem  Inominável Ser Qua Nov 17, 2010 8:28 am

    Ainda mais se o cara tiver dinheiro, mesmo sendo horroroso como o Henrique VIII.
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    Mensagem  Inominável Ser Qua Nov 17, 2010 8:50 pm

    Exatamente, passando a ser algo simplesmente movido pelos interesses capitais diretos.
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    Mensagem  Elektra Qui Nov 18, 2010 10:10 pm

    Meninos, olhando para as pinturas dos intervenientes, nenhum deles devia nada á beleza....se ele era feio elas não ficavam atrás, e aí dinheiro nenhum lhes valia!
    Acho que naquele tempo as relações eram feitas sobre a politica, sobre governação, e na legitimação do poder o resto era paisagem.
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    Mensagem  Laracna Sex Nov 19, 2010 7:33 am

    Mas também, quando as mulheres se aproximavam de um cara como ele, não queriam muito saber se sexo, acho que elas pensavam é no dinheiro mesmo, pouco importava as qualidades de beleza dele...

    Eu acho que por trás de todas as relações de política ainda deviam existir algumas de paixão verdadeira.
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    Mensagem  Inominável Ser Sáb Nov 20, 2010 12:13 pm

    Os cortesãos e as cortesãs eram moda naquela época e faziam o papel de objetos sexuais dos nobres, os quais, muitos, apenas se casavam entre si devido a interesses financeiros. Claro que nenhuma das mulheres de Henrique VIII se encantou pela "beleza" dele, mas pela posição, o status e o poder proporcionado pela riqueza da coroa imperial.
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    Mensagem  Elektra Seg Nov 22, 2010 11:37 am

    A rapariga com brinco de pérola é um dessas narrativas.
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    Mensagem  Inominável Ser Seg Nov 22, 2010 4:28 pm

    Quem é o autor dessa narrativa?
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    Mensagem  Elektra Seg Nov 22, 2010 5:36 pm

    É a Tracy Chevalier.
    É um romance inspirado no mistério que rodeia o quadro do célebre pintor holandês, Jan Vermeer ou Johannes Vermeer.A história do patrão que se apaixona pela jovem criada orfã, as circunstâncias especiais que envolvem um clássico triângulo amoroso, onde a serviçal se torna uma trabalhadora especializada e altamente qualificada(ajudante do pintor) e que por ele se apaixona. A Autora vai construindo um vínculo entre ambos o que acaba por colocá-la numa posição superior à da esposa. O facto, aparentemente banal, transforma-se num acontecimento com grandes repercussões sociais.



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    Mensagem  Inominável Ser Seg Nov 22, 2010 5:49 pm

    Uma história bem interessante, a meu ver.
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    Mensagem  Elektra Seg Nov 22, 2010 7:29 pm

    É um livro muito interessante,se tiveres oportunidade lê que vais gostar.

    Deixo-te aqui um breve resumo que encontrei do mesmo, que retirei de um blog que identifico no fim.


    "Traça um quadro social da época, onde os matizes da mentalidade da época surgem sobrepostos e justapostos com o mesmo perfeccionismo aplicado por Vermeer na pintura a óleo.

    No que se refere aos detalhes estéticos, o livro é uma autêntica aula de pintura, não só pela descrição das cenas como se de quadros se tratassem – ou fotografias, onde a autora aposta nos jogos de luz e sombra de forma a obter o degradé exacto que lhe faculte uma descrição onde são enfatizados os contrastes entre claro e escuro, entre cores vivas e cores sombrias partindo da inspiração dada pelas telas do pintor.

    Tracy Chevalier ocupa-se, também, da descrição do ofício de pintor, desde selecção das matérias- primas aos retoques finais, passando pela mistura de pigmentos e pela definição do esboço inicial.

    A jovem protagonista, Griet, é uma criada, quase analfabeta, vinda de uma família de artífices – o pai é pintor de azulejos, incapacitado para o trabalho em virtude de um acidente profissional que lhe rouba a vista; pertence à mesma guilda de Vermeer, embora este ocupe uma posição muito superior. No entanto, a súbita incapacidade para o trabalho obriga-o a colocar os filhos mais velhos no activo: Franz como aprendiz, na fábrica de azulejos onde trabalhou até à altura do acidente, e Griet como criada, em casa de Vermeer, a qual acaba por assumir, para além da tarefas comuns, normalmente atribuídas a uma criada, o cargo de limpar a oficina do pintor.
    Griet é uma jovem sobredotada, apesar de quase não saber escrever o nome. Possui um dom pouco vulgar que a distingue das demais raparigas – e rapazes – da sua idade: uma grande capacidade de distinguir cores e tonalidades a par de um elevado sentido estético de procura de harmonia e equilíbrio. Tal como se nota logo na primeira cena do romance, na cozinha, em casa dos pais, onde está a cortar os legumes para a sopa e a dispô-los sobre a mesa, cortados às fatias, separados e agrupados por cores, criando contrastes e degradés, como se compusesse uma natureza-morta, pronta a ser pintada. E é assim que trava conhecimento com a família à qual irá servir. E é com base nesta característica que muitos tomam como excentricidade ou bizarria, que se irá construir a complicada teia de relações no seio da família, residente no Bairro Católico envolvendo a jovem.

    O pintor apercebe-se, de imediato, que está diante de alguém com uma sensibilidade pictórica fora do comum: Griet é a pessoa ideal para limpar a oficina, colocando os objectos nos sítios exactos. Primeiro, pela facilidade em visualizar os objectos no espaço, pela habilidade em conservar a disposição destes nos lugares exactos, através de um engenhoso método de medições atrevendo-se mesmo a fazer sugestões na disposição dos cenários para quadros como “A Filha do Padeiro” e mesmo “Rapariga com Brinco de Pérola”.

    A curiosidade que Griet desperta no pintor, ainda em casa dos pais desta, no momento em que o casal está a negociar os termos de contratação desperta, desde logo, um ciúme virulento na esposa do pintor: a bela, prepotente e caprichosa Catharina. Tudo porque, apesar da evidente paixão que este lhe dedica, Griet consegue entrar no mundo “dele”
    .
    Em relação aos filhos do casal, Griet estabelece com Maertge, a mais velha, uma relação de cumplicidade que se mantém mesmo após a jovem ser despedida. Já em relação a Cornelia, a segunda filha, a relação de oposição é estabelecida logo de início, a partir do primeiro olhar. Griet não admite a prepotência, vinda do sorriso escarninho de uma criança que se percebe ser mimada, sedenta de protagonismo e que não hesita em rebaixá-la. Griet não é muito bem sucedida em relações interpessoais – não tem grande paciência para cativar a amizade de personalidades difíceis – além de que é uma pessoa que sobressai, que e destaca da multidão. Que não é medíocre. Cornelia apercebe-se disso e tenta boicotar-lhe o trabalho. As duas lutam entre campos opostos. Griet não sabe lidar com a maldade, mas tem a capacidade de aplacar conflitos antes de eclodirem. Consegue, por isso, durante muito tempo, deitar água fria no caldeirão onde fervilham os ciúmes de Catharina. Mas só até Cornelia atiçar o fogo…

    Em relação à cozinheira Tanneke, os sentimentos desta para com Griet vão-se modificando ao longo da trama. Inicialmente, a criada mais antiga da casa mostra-se desconfiada, depois solidária e, por último, invejosa, ao constatar que a jovem atinge um estatuto dentro da casa que a torna indispensável se não mesmo insubstituível: Griet tornou-se a assistente do pintor. É quase uma aprendiz.

    Entre Griet e a sogra de Vermeer há uma relação baseada na união de interesses: Maria Thins vê na jovem um “objecto” útil para que o genro execute melhor e mais depressa os seus trabalhos. Já Griet, encontra na matriarca, pelo menos durante algum tempo, uma aliada, que a protege das ciladas e a ajuda a escapar das tarefas mais odiosas de forma a cumprir o objectivo principal: ajudar o patrão.

    Mas entre Griet e o pintor começa a surgir uma atracção mútua, uma paixão que é sublimada pela Arte, pelo ideal a que ambos se devotam: a Pintura.
    No entanto a situação de Griet torna-se insustentável devido à tensão surgida pelo ciúme de Catharina, às ciladas de Cornelia, a que se junta o assédio sexual pelo patrono de Vermeer, que a persegue pela casa.

    A relação de Griet com a família de orientação sofre, também, alterações à medida que se desenrola a história. Ela torna-se, inicialmente, criada para suprir as necessidades da família, a qual sente vergonha por colocar uma filha a servir em casa alheia, sinal evidente de decadência económica. Trata-se de uma família puritana, protestante, que olha com desconfiança os habitantes do bairro católico, onde vive a família Vermeer.

    A mãe considera herética a pintura do patrão da filha por achar as figuras que a protagonizam revestidas de uma aura de divindade, a avaliar pelas descrições feitas pela filha. Não está muito longe da verdade, uma vez que tanto o pintor como a auxiliar, encaram o trabalho com uma devoção quase que religiosa. A mãe de Griet considera ofensivo todo e qualquer sinal exterior de riqueza ou distinção, assim como tudo o que denuncie o menor sinal de vaidade que possa corromper a filha. O pai, em contrapartida, mostra um fascínio irresistível pelos quadros, pedindo amiúde que a filha lhos descreva.

    A paixão de Griet por Vermeer coloca-a numa posição semelhante à de Emma Bovary de Flaubert. Tal como na França rural do século XIX, na Holanda do séc XVII, o desejo de ascensão social, sobretudo na Mulher, é socialmente condenável.

    Uma criada talentosa, mesmo descendente de um artífice importante, nunca poderia tornar-se “patroa” nem usar os mesmos atavios das “senhoras” sem ficar socialmente mal vista. Quando Vermeer mostra desejos de pintá-la no quadro “Rapariga com Brinco de Pérola” vê-se a braços com uma séria dificuldade: não quer retratá-la como criada, mas também não pode pintá-la como senhora. O pintor opta, então, por encontrar uma solução de compromisso entre o impulso de a retratar tal como a vê – um ser especial – e a necessidade de obedecer às convenções sociais, envolvendo-lhe a cabeça numa espécie de turbante que lhe dá o aspecto de uma jovem da corte otomana.

    Relativamente a Griet, quer a paixão proibida, quer as convenções sociais, quer, ainda, a ambição profissional de se tornar, não uma criada, mas uma ajudante do pintor, uma artífice ou, nos sonhos mais remotos, uma artista, é inconcebível, na época, para uma mulher. Isto leva a que a jovem se veja obrigada a abdicar dos próprios sonhos e resignar-se a casar com alguém do próprio meio, aceitando a proposta de um belo mas bronco açougueiro…Mais: o jovem não hesita em fazer-se valer da sua condição sócio económica como a única alternativa de um futuro respeitável. Apesar de “bem intencionado”, faz por enfatizar as vantagens de que passaria a usufruir a família num casamento consigo próprio. Na realidade, ofende-a ao mostrar-lhe que não tem alternativa. Além de não parecer existir qualquer tipo de afinidade entre os dois, facto que faz com que sinta estar a ser comprada. As últimas frases da narradora – a própria Griet – são contundentes porque imersas numa profunda e amarga ironia, onde deixa claro sentir ter-se vendido em troca de alimentação para a família e da garantia de um estatuto respeitável.

    Um livro de ilustra cruamente a realidade da condição feminina e o reduzido leque de oportunidades num dos países de vanguarda na Europa do século XVII."


    (Retirado do site :http://hasempreumlivro.blogspot.com/2009/01/rapariga-com-brinco-de-prola-de-tracy.html)

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    Mensagem  Laracna Qua Nov 24, 2010 9:19 pm

    Parece mesmo um livro bem interessante. Vou procurar para ler...
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    Mensagem  Inominável Ser Qua Nov 24, 2010 10:41 pm

    Me avise se o encontrar em alguma loja virtual, por favor.

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